segunda-feira, 23 de março de 2009

Para Refletir

Certa vez, dois homens estavam seriamente doentes na mesma enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bem pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo. Um dos homens tinha como parte do seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes. Sua cama ficava perto da janela.

O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima. Todas as tardes, o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado em posição sentada e passava o tempo descrevendo o que via lá fora. A janela dava para um parque onde havia um lago. Havia patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás da fileira de árvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.

O homem deitado ouvia o outro descrever tudo isso, apreciando todos os minutos. Ouviu sobre como uma criança quase caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora... assim, enternecia-se com um sentimento de paz e esperança!

Numa noite, enquanto olhava para o teto, o homem acamado perto da janela subitamente acordou tossindo e sufocando... Até que o som da respiração parou. Certo momento, a enfermeira encontrou o homem e, silenciosamente, levou embora o seu corpo. Logo que pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então o colocaram lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável.

No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo com dificuldade e sentindo muita dor, olhou para fora da janela. Viu apenas um muro...

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